segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Rafael Castello Branco

Durante muito tempo, o conceito de jornalismo foi quase que assimilado às palavras repórtermatériajornal, televisão e rádioWilliam Bonner e Fátima Bernardes. Porém, mesmo após a profissionalização do termo e o surgimento de diversas outras formas de se "fazer jornalismo", muitos comunicólogos de plantão ainda acreditam que toda a elite pensante trabalha em uma redação. A profissão cresceu e consolidou a sua importância no mercado, portanto, a mentalidade de muitos jornalistas permanece conservadora e, consequentemente, atrasada.



Tudo bem, eu serei mais direto. Quando faço esta crítica, estou falando do modo como muito profissional encara uma assessoria de imprensa. Estou falando grego? Pois bem, primeiramente vou fazer um resumo do papel de um assessor. Este é uma espécie de mediador e/ou porta-voz do órgão ou empresa (de qualquer ramo) na qual trabalha. É o responsável por transmitir os acontecimentos gerados pela empresa para os órgãos de imprensa. E, além disso, responder pela repercussão dos fatos, sejam positivos ou negativos.



Em suma, um assessor de imprensa e um repórter deveriam viver em cooperação mútua e, quem sabe, até com um certo grau de amizade. Eu disse DEVERIAM. Infelizmente, o que acontece, em grande parte das vezes, é uma relação babá-neném, se é que vocês me entendem. O jornalismo de hoje é tão preguiçoso, com todos os aparatos tecnológicos e o privilégio de uma cadeira acolchoada, a internet e um telefone, que o assessor acabou tornando-se mais um aparelho, como se fosse um robô programado para responder a qualquer tipo de questão.

Pera lá, minha gente. Como o próprio nome já diz, assessor tem o dever de assessorar, e não ser uma ferramenta de buscas (assim como o Google) humana. Primeiro, este profissional recebe determinadas informações, e eu disse DETERMINADAS. Em segundo lugar, para tudo há uma espera e a paciência que, são palavras-chaves no jornalismo. Apurar uma informação demanda tempo e, por isso, apesar dos repórteres trabalharem com prazos, muitas vezes precisam aguardar para conseguirem o que estão precisando. mantém o seu status.


E, antes que perguntem, sim, este artigo tem um certo tom de desabafo. Ok, um forte tom, admito. Porém, é uma reclamação interessante, se tentarmos entender o funcionamento do jornalismo. Se o produtor de matérias (no caso o repórter) não tem uma boa relação com a fonte (no caso o assessor de imprensa), a divulgação da informação tem riscos de sair distorcida e, muitas vezes, falsa. Portanto, lembrem-se: Assessor não é babá! 

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